quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Em mim

Sento-me em frente a esta tela. Fixo-a, tal como no dia em que descobri a tua presença a pulsar desse lado e nela vislumbrei o relance do teu olhar.
Hoje, a tua presença está sobretudo deste lado, dentro de mim, e confundo-a comigo própria de tão intrínseca que ela se tornou: simultaneamente à superfície do meu corpo - de tal modo inscrita na minha pele - e nas suas profundezas - tais as raízes criadas na minha mente.
E o amor cresceu como uma árvore iluminada pelo fio do nosso sentir; adquiriu contornos lisos recortados numa superfície infinita de desejo e a espessura maior de um tronco que na sua mais densa natureza nos acolhe, esconderijo quente de folhas que se tocam, ecos do ressoar deste amor.
Deito-me contigo no chão da terra e abrigamo-nos sob um céu de nitidez nocturna. Os nossos corpos queimam de desejo e seguem o rumo da noite ardendo de prazer.




2 Comments:

Blogger Unknown said...

Solta o sonho o amor...
um abraço
brisa de palvras

3:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vem cá! Assim, vertivalmente!
Achega-te...Docemente...
Vou olhar-te...E, no teu olhar, colher
promessas do que quero prometer,
até à síncope do amor na alma!
Colemos as mãos, palma a palma!
A minha boca na tua, sem beijo...
Desejo-te, até o desejo se queixar que dói.

E sou tua, como nenhuma foi!

Leonor de Almeida, "Posse"

Ps: "Vomidrin": dizem que é eficaz para o enjoo... ;)

3:19 da tarde  

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