quarta-feira, abril 09, 2008

Despedida

O tempo fluiu até à gota da nossa despedida.
Roubou-me dos olhos o teu rosto,
Deixou-me a saudade no coração.
Fiquei só na solidão
E calada no silêncio,
Porque a palavra significa menos
Do que aquilo que sinto.
Meu amor, eu não te minto,
Queria viver contigo num mundo
Onde não contássemos o tempo,
No fundo, onde o tempo não entrasse
Nas contas da vida
E eu nunca te dissesse,
Numa tristeza enternecida,
Adeus ou até logo.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A tua ausência é, em cada momento, a tua ausência.
não esqueço que os teus lábios existem longe de mim.
aqui há casas vazias. há cidades desertas. há lugares.

mas eu lembro que o tempo é outra coisa, e tenho
tanta pena de perder um instante dos teus cabelos.

aqui não há palavras. há a tua ausência. há o medo sem os
teus lábios, sem os teus cabelos. fecho os olhos para te ver
e para não chorar.

José Luís Peixoto


Mesmo na tua ausência, trago-te sempre comigo: a tua voz, o teu riso, a memória do teu calor, a carícia da tua pele...
Mas a saudade doi-me por dentro quando não te tenho a meu lado, quando estendo a minha mão e não encontro a tua, quando acordo e encontro o teu lugar vazio...
Queria, como tu, nunca dizer adeus, e antes dizer-te todos os dias, olhando-te nos olhos, "bom dia, amor"!

12:18 da manhã  

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