terça-feira, março 25, 2008

Palavras tuas, meu amor

" É verdade: o amor não é passível de fragmentação racional. Ama-se...porque se ama! E nesta redundância está todo o mistério de um sentimento que não se explica, que não se alicerça em fundamentos racionais...O amor, surgindo de forma espontânea e incondicional, furta-se a todas as regras de racionalização. E escapa a todas as tentativas de domínio humano. É diferente o amor entre duas pessoas do mesmo sexo? Claro que não! Pode ser tão puro e intenso como o amor entre duas pessoas de sexo diferente. Apenas diverge na forma de expressão sexual...Que é uma questão da intimidade do próprio casal, e que, como tal, só a ele deveria dizer respeito. Infelizmente, o preconceito de que falas ainda existe,ainda insiste em rotular sentimentos, em condenar os que não se enquadrem nos padrões que muitos hipocriticamente continuam a defender como os únicos aceitáveis ou "normais". E o mais triste de tudo isto é que muitos o fazem não por convicção, mas em nome de valores morais cuja bondade nem sequer discutem, ou tão somente pelo facto de "parecer mal" aceitar o contrário. Quanto à condenação da Igreja: como estranhá-la? Tantas aberrações têm sido cometidas em nome de Deus, tantos dogmas (que a realidade já tornou caricatos...) continua a Igreja teimosamente a defender...O amor é sempre puro. Mesmo quando o preconceito ainda teima em sujá-lo."