domingo, junho 17, 2007

Tacto

Toma os meus dedos nas tuas mãos. Pertencem-te, como parte do corpo que regressa para junto do teu no fim de cada ausência forçada. E quando volto para ti, é bom sentir-te pegar na minha mão com esse toque que diz querer ficar comigo. Também eu quero ficar contigo; aconchegada no aveludado do teu olhar a tactear o meu, abraçada ao desejo de fazer amor, de refazê-lo vezes sem conta, sem certeza sobre de que é, afinal, feito o amor e sem palavras suficientes para dizer o nosso amor.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Descobrimos coisas

que ninguém mais sabe

Coisas diversas do saber comum.

A transfusão que existe no beijar

quando a ternura é líquida

E a transparência

opaca

do suor

quando o amor é feito

E o jeito nos fica

de namorar o corpo

E o exagero em tudo que se diz

nas juras repetidas.

Descobrimos coisas

que ninguém mais sabe

e que aprendemos juntas.


Manuela Amaral

7:04 da tarde  

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