Tacto
Toma os meus dedos nas tuas mãos. Pertencem-te, como parte do corpo que regressa para junto do teu no fim de cada ausência forçada. E quando volto para ti, é bom sentir-te pegar na minha mão com esse toque que diz querer ficar comigo. Também eu quero ficar contigo; aconchegada no aveludado do teu olhar a tactear o meu, abraçada ao desejo de fazer amor, de refazê-lo vezes sem conta, sem certeza sobre de que é, afinal, feito o amor e sem palavras suficientes para dizer o nosso amor.
1 Comments:
Descobrimos coisas
que ninguém mais sabe
Coisas diversas do saber comum.
A transfusão que existe no beijar
quando a ternura é líquida
E a transparência
opaca
do suor
quando o amor é feito
E o jeito nos fica
de namorar o corpo
E o exagero em tudo que se diz
nas juras repetidas.
Descobrimos coisas
que ninguém mais sabe
e que aprendemos juntas.
Manuela Amaral
Enviar um comentário
<< Home